Por que Democracia?
Temos evidências de que a democracia aumenta os níveis sociais de confiança, cooperação e solidariedade na base da sociedade e no cotidiano do cidadão (ou seja, aumenta o estoque ou o fluxo do capital social – que é a principal condição sistêmica para o florescimento de experiências de desenvolvimento humano e social sustentável).
E sabemos que a democracia liberta as forças criativas e empreendedoras da sociedade, impulsionando o florescimento dos negócios, encorajando as pessoas a inovar e a se associar para inovar, caminhando com suas próprias pernas para melhorar as suas condições de vida e convivência social. Isso cria um campo de relações colaborativas e empáticas que geram maior potencial de soluções de questões práticas, inclusive no campo da economia.
A democracia é um regime de paz (basta ver que não há exemplos de guerras entre dois países democráticos).
E temos fortes indícios de que um regime democrático consegue evitar a ascensão de forças políticas autoritárias que desrespeitam os direitos humanos e as liberdades civis dos cidadãos.
Qual o problema?
O problema é que não existe democracia sem democratas. E que há um deficit acentuado de agentes democráticos no Brasil atual. Ou seja, não propriamente de pessoas que concordem passivamente com a democracia e que digam, quando perguntadas, que preferem a democracia a outros regimes. O que está em falta são agentes democráticos, com habilidades e competências que permitam:
1. Conectar os democratas existentes e multiplicar o seu número (nas organizações do Estado e da sociedade).
2. Fermentar a formação de uma opinião pública democrática.
3. Resistir ao autoritarismo e a qualquer populismo.
4. Ensaiar processos democráticos (em todos os lugares onde for possível experimentar a democracia como modo-de-vida).
Parece inegável que há hoje, no Brasil e no mundo, um déficit de agentes democráticos, no sentido acima.
A Escola de Agentes Democráticos, quer contribuir para superar esse desafio.